Todo o trabalho de
recuperação da criança ferida envolve rever o sofrimento e as perdas que não
pudemos ou evitamos experimentar, o que pode se constituir num trabalho
doloroso, mas indispensável para a reconstrução do nosso “Eu Sou” perdido.
Uma vez realizado esse
trabalho, a pessoa não precisará mais repetir nos outros, ou em si própria, as
emoções que foram reprimidas.
O trabalho de resgate da criança abre as portas para que
a criatividade possa novamente fluir e tornar o adulto uma pessoa mais aberta e
feliz. Auxilia as pessoas a saírem de uma ligação mórbida com sua criança para
uma ligação saudável, tendo sua criança interna como fonte de criatividade e
encontrando sua essência. Assim o indivíduo vai se tornando cada vez mais ele
mesmo, desenvolvendo o seu potencial no que Jung chamou de processo de
individuação.
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