Corpo: Memórias esquecidas, sexualidade ferida

No trabalho de ontem tivemos a oportunidade de trabalhar a nossa relação com o corpo, de perceber como que nosso corpo se lembra, aloja memórias em imagens e sensações. Percebemos que sua finalidade é a de proteger, conter, apoiar e atiçar o espírito e a alma em seu interior. 

Como diz Clarissa Pinkola Estés: “a finalidade do corpo é a de ser um repositório para as recordações, a de nos encher de sensações – ou seja, o supremo alimento da Psique. É a de nos elevar e de nos impulsionar, de nos impregnar de sensações para provar que existimos, que estamos aqui, para nos dar uma ligação com a terra, para nos dar volume e peso. É errado pensar no corpo como um lugar que abandonamos para alçar voo até o espírito. O corpo é o detonador dessas experiências. Sem o corpo não haveria a sensação de entrada em algo novo, de elevação, altura, leveza. Tudo isso provém do corpo.”

No encontro vivenciamos o despertar dos centros energéticos, centros de regulação e cura. Ao tocarmos profundamente em nossos centros, revelamos lágrimas contidas, lembranças esquecidas e o despertar do riso solto e espontâneo.

Através do trabalho expressivo com a argila, criamos a forma, contamos nossa história e liberamos energia criativa que modela nosso caminho de cura.

Somos profundamente gratas a todo o grupo por terem nos dado a oportunidade de fazer parte dessa ação criadora e reveladora de amor, respeito e cura de nossas feridas psíquicas e corporais.