sábado, 2 de fevereiro de 2013
DEUSA LUNAR DA MUDANÇA
A
Deusa Iemanjá rege a mudança rítmica de toda a vida por estar ligada
diretamente ao elemento água. É Iemanjá que preside todos os rituais do
nascimento e à volta as origens, que é a morte. Está ainda ligada ao movimento
que caracteriza as mudanças, à expansão e o desenvolvimento.
É
ela, como a Deusa Ártemis o arquétipo responsável pela identificação que as
mulheres experimentam de si mesmas e que as definem individualmente.
Iemanjá
quando dança, corta o ar com uma espada na mão. Esse corte é um ato psíquico
que conduz a individualização, pois Iemanjá separa o que deve ser separado,
deixando somente o que é necessário para que se apresente a individualidade.
Sua
espada, portanto, é um símbolo de poder cortante que permite a discriminação
ordenativa, mas que também pode levar ao seu abraço de sereia, à regressão e à
morte.
Em
sua dança, Iemanjá coloca a mão na cabeça, um ato indicativo de sua
individualidade e por isso, é chamada de"Yá Ori", ou "Mãe de
Cabeça". Depois ela toca a nuca com a mão esquerda e a testa com a mão
direita. A nuca é símbolo do passado dos homens, ao inconsciente de onde todos
nós viemos. Já a testa, está ligada ao futuro, ao consciente e a
individualidade.
A
dança de Iemanjá pode ser percebida como uma representação mítica da origem da
humanidade, do seu passado, do seu futuro e sua individualização consciente. É
essa união antagônica que nos dá o direito de vivermos o "aqui" e o
"agora", pois sem "passado", não temos o "presente"
e sem a continuidade do presente, não teremos "futuro". Sugere ainda,
que a totalidade está na união dos opostos do consciente com o inconsciente e
dos aspectos masculinos com os femininos.
Como
Deusa Lunar, Iemanjá tem como principal característica a "mudança".
Ela nos ensina, que para toda a mulher, o caráter cíclico da vida é a coisa
mais natural, embora seja incompreendido pelo sexo masculino.
A
natureza da mulher é impessoal e inerente a ela como um ser feminino e
altera-se com os ciclos da lua: fase crescente, cheia, meia-fase até a lua
obscura. Essas mudanças não só se refletem nas marés, mas também no ciclo
mensal das mulheres, produzindo um ritmo complexo e difícil de entender. A vida
física e psíquica de toda a mulher é afetada pela revolução da lua e a
compreensão desse fenômeno nos propicia o conhecimento de nossa real natureza
instintiva. Em poder desse conhecimento, podemos domesticar com o esforço
consciente as inclinações cíclicas que se operam a nível inconsciente e nos
tornarmos não tão dependentes desses aspectos escondidos de nossa natureza
semelhante aos da lua.
Gaia
Lil
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