quarta-feira, 19 de maio de 2010

Pedras...

No meio do caminho
Carlos Drummond de Andrade

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra

foto: Aline Madeira

Por volta de 1900 Jung passou a investir maciçamente no auto conhecimento e na pesquisa de seu próprio inconsciente, iniciando uma jornada que duraria quase seis anos.Isto representou um enorme passo adiante na compreensão das fantasias e dos conteúdos do inconsciente profundo.

"Os anos em que estive possuído por minhas imagens profundas, foram os mais importantes de minha vida - neles tudo de essencial foi decidido."
C.G.Jung

A pressão interior era intensa. Sonhos de morte e renascimento levam-no ao desespero. Para fazer frente a esse tumulto interior, Jung começou então a brincar com pedras à margem do lago de sua casa em Küsnacht, construindo com elas uma cidadezinha em miniatura, atividade que manteria pelo resto de sua vida.

O relacionamento de Jung com a pedra antecipou o seu relacionamento com o inconsciente e com Deus. A Pedra foi seu primeiro encontro com o “ solo eterno”, com a qual ele ficava em contato com a eternidade.

Um comentário: